quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

X Seminário Catarinense de Ensino Religioso

A partir de apresentações culturais, palestras, diálogos, socializações de experiências pedagógicas em Ensino Religioso não confessional, dinâmicas de integração, venda de livros, presença dos escritores Maria Piaia e Silvino Michatowski, sorteio de materiais através de rifa beneficente e celebração dos 15 anos da Associação de Professores de Ensino Religioso do Estado de Santa Catarina (ASPERSC), o X Seminário Catarinense de Ensino Religioso (SECAER) foi um lindo evento que proporcionou, além de reencontros e edificação de novas amizades, muitas aprendizagens.
O seminário teve a presença dos conferencistas Elcio Cecchetti e Simone Riske-Koch os quais dialogaram sobre: Conceitos, estrutura e competências gerais da Base Nacional Comum Curricular e Currículo do Ensino Religioso na BNCC: Objetivos, Competências e Habilidades Específicas. Conjuntamente, o evento disponibilizou uma roda de diálogos para os professores de Ensino Religioso, que atuam em diferentes regiões do Estado Catarinense, socializar o que vem construindo com seus estudantes, apresentando uma riqueza imensurável, demonstrando a importância do componente nos currículos escolares.
Conforme a professora Joanita Aparecida da Silva Inácio, formada em Ciências da Religião – Licenciatura em Ensino Religioso pela Univille, atuante há oito anos na Rede Municipal de Joinville, o evento foi de extrema importância. A professora acresce: “Eu amo trabalhar com Ensino Religioso, escolhi a disciplina porque ela atinge a formação integral do ser humano. O encontro pra mim é fundamental, é um momento de partilha, isso me fortalece e renova as energias para continuar acreditando no ER. Eu dizia pra minha amiga: Eu sempre gosto de participar, pois isso me fortalece e renova as energias, eu preciso disso”.

A coordenação geral da ASPERSC agradece aos participantes, colaboradores e organizadores que de maneiras diversas auxiliaram na concretização do X SECAER.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Atividades desenvolvidas no Dia Nacional da Consciência Negra

Faz-se necessário dialogar cotidianamente sobre a contribuição do negro nas sociedades, analisando os diferentes processos históricos e refletindo acerca da relevância dos movimentos de luta e resistência em defesa dos direitos essenciais.
Identifica-se que a mistura étnica, as danças, as festividades, a religiosidade, a culinária e demais aspectos que foram sendo incorporados na cultura brasileira possibilitaram territórios pluriculturais, representados por muitas diversidades.
No entanto, as sequelas da escravidão, da tortura e da discriminação não se apagaram, por isso é preciso estudarmos o passado a fim de não cometermos os mesmos erros.
Nesse sentido, educadores catarinenses da área do Ensino Religioso  e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental desenvolveram inúmeras práticas pedagógicas com os estudantes objetivando a conscientização e adoção de atitudes que permitam o respeito e o bem viver entre as diferentes pessoas e culturas.
Confira algumas fotografias.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Atividades de aprendizagem em Ensino Religioso

Ao longo deste ano letivo a professora Cleusa Kruger tem desenvolvendo uma série de atividades com os estudantes das Escolas Municipais de Ensino Fundamental Waldemar Schmitz e Rodolfo Dorbusch situadas na cidade de Jaraguá do Sul/SC. Egressa do Curso de Ciências da Religião – Licenciatura em Ensino Religioso pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, Cleusa não mede esforços para tornar as aulas dinâmicas, criativas e permeadas por muitos saberes.
Um dos temas abordados com os estudantes dos 7º anos foi Valores e Virtudes. Para abordagem da temática utilizarem-se diferentes recursos pedagógicos como textos, histórias, caça-palavras e vídeos. Assim, após o estudo das virtudes cardeais, houve o desenvolvimento de um caça-palavras relacionado às virtudes e valores que despertam para o bem viver. Na sequência os estudantes foram desafiados a produzir um acróstico ilustrativo, do qual socializamos algumas imagens neste post.
Com a utilização dos vídeos Fraternidade sem Fronteiras - Alok e Vírus da Gentileza os estudantes puderam fazer uma análise das imagens e elaborar uma lista dos valores e virtudes identificados. E, os lindos resultados não cessaram por ai... Para dar continuidade ao projeto, Cleusa convidou os estudantes a elaborarem uma receita da família feliz representada por ingredientes essenciais para a consolidação de boas vivências.
Parabenizamos a professora Cleusa e estudantes. Em breve, partilharemos outras atividades de aprendizagem realizadas nas aulas de Ensino Religioso não confessional.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Projeto Africanidade


Escola de Educação Básica Padre João Stolte (Botuverá) e Escola Monsenhor Gregório Locks de Dom Joaquim (Brusque)
Professora: Dalva Rosana Dalsegio Gianesini
Disciplina: Ensino Religioso
Tema: Africanidade

Resumo                         
O termo Africanidade refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana no sentido de compreender o modo de ser, de viver, de organizar e acima de tudo o entendimento sobre as lutas dos negros brasileiros. Também traz o conhecimento e às marcas da cultura africana que, independentemente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do nosso cotidiano. O estudo sobre a África nos possibilita estarmos atentos às diversas distorções colonialistas ocidentais preconceituosas criadas ao longo dos últimos séculos.
O conhecimento sobre a verdadeira África desmente este olhar distorcido e revela a história dos verdadeiros ancestrais da humanidade, contribuintes ativos do desenvolvimento e aperfeiçoamento humano universal, essencial para o povo na atualidade.


Justificativa:
A proposta da viagem de estudos tem por objetivo promover a releitura da História do mundo africano e a importância para conhecermos sua cultura e religiosidade, bem como os reflexos sobre a vida dos afro-brasileiros em geral. A sua influência, apesar de ampla, nunca possuiu o valor devido ou foi atribuída à importância que realmente deveria ocupar em nosso meio. Justifica-se este projeto na medida que ele objetiva valorizar a cultura negra como elemento construtor da formação da sociedade brasileira.
A necessidade de proporcionar uma possível conscientização e reflexão acerca das práticas e representações que configuram o racismo no contexto escolar, precede a importância deste estudo para adquirir reais informações e com isso obter um aprendizado qualitativo.
 Nesse contexto, o governo federal sancionou, em março de 2003, a Lei n º 10.639/03 – MEC, que altera a LDB e estabelece as Diretrizes Curriculares para implementação da mesma. A 10.639 instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e médio. Essa lei compreende o conhecimento da história e a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira.
Este projeto de estudos será desenvolvido na área de Ensino Religioso com o intuito de aprimorar o real conhecimento da história africana e assim possibilitar o respeito e o valor em sua singularidade.            
Objetivo geral:
Proporcionar ao educando um maior conhecimento sobre o continente africano que é parte integrante e fundamental na formação do povo brasileiro.

Objetivos específicos:
* Identificar e analisar criticamente os elementos geradores das diferentes etnias
* Localizar por meio de estudos e pesquisas toda a história dos povos formadores da sociedade, destacando as crenças e culturas
* Perceber a necessidade de intervir positivamente para as questões de preconceito e das desigualdades das etnias;
* Conhecer e Respeitar os direitos humanos fundamentais de todo ser humano.

Método de ensino:
- Contextualizando a discussão sobre a questão sócio – cultural e religiosa, situando acontecimentos históricos, enfatizando assim, os manifestos sociais e seus significados;
- Pesquisando o assunto de maneira qualitativa no processo de reconstrução da memória social utilizando do conhecimento para respeitar a diversidade do povo e sua trajetória histórica.
- Desenvolvendo atividades estimuladas pelas diversas fontes de trabalhos (revistas, jornais, pesquisa na internet, filmes, fotografias, viagem de estudo) para um aprendizado significativo.
- Utilização e contextualização dos Direitos Humanos para a questão dos direitos da diversidade cultural e religiosa afro-brasileira.
- Imagens via celular.

Por Dalva Rosana Dalsegio Gianesini

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Projeto de leitura e feira do conhecimento



Este relato de experiência é resultado do projeto de leitura desenvolvido na Escola de Educação Básica Lourdes A.S. Lago, com a obra Joaquim Toco na Terra do Gãr que foi lida, interpretada e contextualizada coletivamente com as turmas do sétimo ano 71, 72 e 73.
Inicialmente, contamos com a presença da autora Hilda Beatriz Dmitruk (em sala de aula) onde explanou sobre a importância desta obra para a região Oeste de Santa Catarina, pois a história do Oeste não é apenas de desbravadores e agroindústrias que aqui surgiram, mas também de populações originárias que habitavam e foram violentamente expulsas da região por empresas colonizadoras.
Destacamos que a obra Joaquim Toco na Terra do Gãr é resultado da parceria entre o Ministério Público Federal e a Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ) através de árduo e rigoroso trabalho de coletas de dados nas próprias comunidades indígenas que almejam resgatar não somente as histórias, mitos, costumes, tradições Kaingang, mas também retratar a realidade deste povo que foi esquecido no decorrer do tempo.
Após a leitura e entendimento da obra, organizamos a visita de estudo na Aldeia Toldo Chimbangue durante a Semana Cultural Kaigang/Guaraní onde os alunos tiveram a oportunidade de visualizar a exposição que havia no local e compartilhar brincadeiras como a Corrida da Torra e jogar futebol com os meninos indígenas, o que possibilitou aprendizados, interações e entrosamentos culturais.
Nas conclusões das atividades pedagógicas do projeto de leitura alguns alunos deram seu depoimento de como se sentiram em participar de um momento cultural diferente da sua cultura. Simultaneamente, vídeos e slides foram produzidos e os alunos fizeram as apresentações para toda a escola ao final do segundo bimestre.
Aproveitando que na escola há a feira do conhecimento - que se constitui numa ocasião ímpar - foram elaborados cartazes com fotos tiradas junto aos indígenas, bem como, brinquedos utilizados pelas crianças na aldeia, como exemplo: o peão, o biboque e a peteca feita de palha de milho e penas de galinha.
Já em seus lares os alunos confeccionaram as pernas de pau, flechas e machadinhas. Para presentear as pessoas que viessem contemplar a feira na escola, foram produzidas lembranças com os símbolos Kame e Kairu contendo uma bage de amendoim e a frase “Seja você a semente da paz entre os povos”.
Também resgatamos o pilão o qual faziam a canjica. Do mesmo modo, expusemos outros alimentos, como: a abóbora, a batata, a laranja, a bergamota. Foram expostas algumas plantas representando as matas, em exemplo, a bananeira e as folhagens. 
Já a fonte de água procurou lembrar as origens dos nativos. Por fim, foram partilhadas gravações com cantos de pássaros. Os alunos em dupla representando os kaingangs - kame e kairu se revezaram em duplas. O espaço da mostra agregou as disciplinas de Ensino Religioso, História e Geografia.
Identificamos que essas experiências foram encantadoras e, além de demonstrarem a importância do Ensino Religioso não confessional, despertaram para novas relações dialógicas e de respeito frente às demais culturas que compõe a região.

                                                         Por Adenize Vieira de Jesus